Minas Gerais decreta situação de emergência em saúde pública por aumento de casos de SRAG
Medida vale por 180 dias e permite ações mais ágeis para enfrentar o surto; crianças e idosos são os mais afetados
O Governo de Minas Gerais decretou, nesta sexta-feira (2), situação de emergência em saúde pública devido ao crescimento expressivo dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no estado. O decreto, assinado pelo governador Romeu Zema, terá validade por 180 dias e permite que o Estado adote medidas de combate com menos burocracia, como a contratação emergencial de profissionais e a aquisição rápida de insumos hospitalares.
A decisão estadual segue o mesmo caminho já adotado por municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte, como Betim e a própria capital mineira, que também enfrentam o aumento expressivo de internações por SRAG.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), até 26 de abril, foram registradas 26.817 internações e 397 mortes pela síndrome só em 2025. Os grupos mais afetados são crianças de até um ano de idade e idosos com mais de 60 anos.
A SRAG é uma complicação grave causada por infecções respiratórias como influenza, coronavírus, pneumonias bacterianas e doenças fúngicas. Os casos mais graves exigem internação, podendo evoluir rapidamente para insuficiência respiratória e até a morte.
Para coordenar as ações durante o período de emergência, o governo estadual instituiu o Centro de Operações de Emergências em Saúde por Síndrome Respiratória Aguda Grave (COE-Minas-SRAG). O Estado também anunciou a ampliação de leitos de UTI pediátrica e reforçou o apoio técnico e financeiro aos municípios em situação crítica.
“Estamos preparados para enfrentar esse momento, mas sabemos que ele exige esforço contínuo. Precisamos de abertura de novos leitos em algumas regiões, e os municípios têm apoio garantido do Estado”, afirmou o secretário de Saúde, Fábio Baccheretti.
A Agência RMBH seguirá acompanhando a situação e orientações das autoridades de saúde.
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