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Desrespeito e abandono: Cemitério Santa Luzia, em Sete Lagoas, é alvo de denúncias
Por Administrador
Publicado em 31/05/2025 09:57
Política

Desrespeito e abandono: Cemitério Santa Luzia, em Sete Lagoas, é alvo de denúncias

Por Agência de Notícias RMBH – 31/05/2025

️ Cemitério Santa Luzia em Sete Lagoas: Patrimônio Histórico em Estado de Abandono Oferece Riscos à Comunidade

O Cemitério Santa Luzia, fundado em 1914 no bairro de mesmo nome em Sete Lagoas (MG), é um dos mais antigos da cidade e abriga sepulturas de figuras marcantes da história local. Entre os que ali repousam estão o médico Márcio Paulino, o monsenhor Messias de Senna Baptista (fundador do Colégio Dom Silvério), e os ex-prefeitos Marcelo Viana e Sebastião Silva.

Contudo, esse importante patrimônio histórico e cultural encontra-se hoje em estado de abandono, gerando uma série de impactos negativos não apenas à memória dos que ali foram sepultados, mas também à população do entorno e à cidade como um todo.

Problemas Visíveis e Seus Efeitos

1. Abandono e degradação

Moradores relatam mato alto, túmulos quebrados, lixo acumulado, falta de iluminação e ausência de vigilância. A negligência afeta diretamente o sentimento de luto das famílias que visitam o local, sendo um desrespeito à memória dos falecidos.

2. Riscos à saúde pública

O matagal e o acúmulo de detritos criam ambiente propício para proliferação de mosquitos como o Aedes aegypti (dengue, zika e chikungunya), além de ratos, baratas e animais peçonhentos, aumentando o risco de doenças e zoonoses.

3. Contaminação ambiental

Sem sistema adequado de drenagem, a decomposição dos corpos pode contaminar o solo e lençóis freáticos, comprometendo a qualidade da água da região. A falta de controle da vegetação também pode gerar focos de incêndio em períodos de seca.

4. Insegurança e criminalidade

A ausência de vigilância transforma o local em ponto vulnerável para ações de vandalismo, consumo de drogas e profanação de sepulturas, o que tem sido registrado por moradores em vídeos e fotos publicados nas redes sociais.

5. Desvalorização urbana

A imagem de abandono prejudica a autoestima da comunidade local, contribui para a desvalorização dos imóveis na região e distancia o espaço de qualquer potencial turístico ou educativo vinculado à memória histórica de Sete Lagoas.

Resistência e Culto à Memória

Apesar das condições precárias, o cemitério ainda recebe visitantes em datas comemorativas. No último Dia de Finados (2024), foram realizadas missas e momentos de oração com presença do bispo Dom Francisco Cota e do padre Wantuil, revelando que, mesmo diante do abandono, há quem insista em preservar o respeito aos que ali repousam.

Um Chamado à Ação

A situação do Cemitério Santa Luzia exige atenção urgente do poder público municipal. Medidas como limpeza periódica, segurança, preservação ambiental e restauração dos túmulos históricos são essenciais. Além disso, é necessário envolver a comunidade e o Conselho Municipal de Cultura e Patrimônio na construção de políticas que preservem o cemitério como lugar de memória, identidade e dignidade.

Um retrato do abandono. Essa é a sensação de quem visita o Cemitério Santa Luzia, em Sete Lagoas. O local, que deveria ser espaço de respeito e memória, está tomado por entulho, restos de obras, lixo, mato alto e folhas secas acumuladas — compondo um cenário de total negligência por parte do poder público.

A imagem enviada por um morador indignado mostra túmulos cercados por blocos, restos de poda, sacos plásticos e outros resíduos descartados de forma irregular. O muro que cerca o cemitério apresenta infiltrações e desgaste evidente, enquanto a falta de limpeza e manutenção é visível por todos os cantos.

Familiares de pessoas sepultadas no local se sentem desrespeitados.

“É muito triste. A gente vem visitar nossos entes queridos e encontra isso aqui... Um verdadeiro abandono. É como se a memória deles não valesse nada”, desabafa , moradora.

A situação do Cemitério Santa Luzia não é isolada. Moradores relatam problemas semelhantes em outros cemitérios da cidade: ausência de funcionários, acúmulo de lixo, insegurança e falta de fiscalização.

A população cobra da Prefeitura de Sete Lagoas medidas urgentes. “Não é só uma questão estética. É respeito, é saúde pública, é memória. A cidade precisa olhar para isso com mais seriedade”, reforça um representante de uma associação de moradores.

A Agência de Notícias RMBH entrou em contato com a Prefeitura para solicitar esclarecimentos sobre a situação do Cemitério Santa Luzia e aguarda um posicionamento oficial.

Enquanto isso, cresce a indignação da comunidade, que exige ações concretas para transformar o abandono em cuidado e respeito àqueles que já partiram — e aos que aqui permanecem.

 

 

 

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