Siderúrgicas de Sete Lagoas e Região Paralisam Atividades por 12 Horas em Protesto Contra Crise no Setor
Nesta terça-feira, 3 de junho de 2025, pelo menos 18 siderúrgicas de Sete Lagoas e cidades vizinhas interromperam suas atividades por 12 horas — das 6h às 18h — em protesto contra a crise enfrentada pelo setor de ferro-gusa. A paralisação, que também ocorreu em unidades da Vetorial no Mato Grosso do Sul, busca pressionar o governo federal a adotar medidas emergenciais de proteção à indústria nacional.
De acordo com representantes do setor, a concorrência com o ferro-gusa importado, sobretudo da China, e a ausência de políticas públicas eficazes têm levado à suspensão de fornos e demissões em massa. Segundo o empresário William Reis, aproximadamente 2,5 mil toneladas de ferro-gusa deixaram de ser produzidas durante a paralisação, o que representa um prejuízo superior a R$ 5 milhões.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sete Lagoas, Ernani Geraldo Dias, alertou para o risco iminente de demissões em larga escala:
"Se nada for feito, pelo menos 2.500 trabalhadores poderão perder seus empregos nos próximos meses."
Sete Lagoas, que já foi uma das principais produtoras de ferro-gusa do país, hoje abriga 18 siderúrgicas com 22 fornos em operação. A paralisação de hoje é considerada um grito de alerta por empresários e trabalhadores, que exigem financiamento acessível, isenções fiscais e políticas de valorização da produção nacional.
A mobilização foi pacífica, mas deixou clara a urgência de um plano estratégico para salvar o setor e garantir a continuidade de milhares de empregos.
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Fonte: Sindicatos